Transtorno de ansiedade generalizado é mais complexo que uma simples ansiedade. Ansiedade é uma resposta natural do organismo diante de situações percebidas como ameaçadoras, podendo ocorrer algo indesejado.
Geralmente isso acontece em véspera de provas, de uma viagem, da organização de uma festa etc. Essa é a ansiedade natural, que nos põe alertas para que tudo ocorra conforme desejamos.
Mas existe a ansiedade patológica, o Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) que é uma condição psicológica complexa que se manifesta mediante preocupações excessivas e persistentes em relação a eventos cotidianos.
Esta afecção transcende a normalidade do estresse, tornando-se uma presença constante na vida do indivíduo, prejudicando seu bem-estar emocional e físico.
Os sintomas variam entre os portadores desse transtorno, entre os mais comuns são:
- Preocupação persistente e desproporcional em relação a eventos futuros.
- Sensação constante de nervosismo e agitação.
- Cansaço frequente, mesmo sem atividade física extenuante.
- Dificuldade em focar em tarefas, com a mente constantemente divagando.
- Facilidade em ficar irritado ou impaciente.
- Tensão física, especialmente nos ombros, pescoço e mandíbula.
- Dificuldades para adormecer ou manter o sono.
- Tremores, sudorese, palpitações, desconforto gastrointestinal.
- Taquicardia.
- Crises de pânico.
- Pensamentos de tirar a própria vida.
Na perspectiva médica, o TAG é considerado multifatorial, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais.
Distúrbios no equilíbrio de neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, podem desempenhar um papel significativo.
Transtorno de ansiedade generalizado no Brasil.
No Brasil e no mundo, o TAG afeta uma parcela expressiva da população, independentemente de idade ou gênero. Estatísticas indicam um aumento gradual nos casos desde o início do século XXI, refletindo não apenas uma maior conscientização, mas possivelmente mudanças socioeconômicas e culturas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o Brasil ocupa o triste primeiro lugar no ranking mundial desse transtorno. O aumento pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo mudanças nas demandas sociais e profissionais, avanços tecnológicos e uma crescente pressão para atender a padrões ideais de sucesso e realização pessoal.
Em relação à faixa etária, o TAG pode manifestar-se em qualquer idade, sendo observado tanto em crianças quanto em idosos. Contudo, é frequentemente diagnosticado em adultos jovens, entre 15 e 30 anos. Quanto ao gênero, estudos sugerem uma maior prevalência em mulheres, embora a condição não seja exclusiva do sexo feminino.
O tratamento do transtorno de ansiedade generalizado.
O tratamento convencional do TAG geralmente envolve uma abordagem integrada, combinando medicamentos ansiolíticos com a psicoterapia. No entanto, a Psicoterapia Reconstrutiva emergiu como uma abordagem promissora e inovadora.
Este método permite a remoção dos sintomas que residem no inconsciente emocional e foca na reconstrução de padrões de pensamento disfuncionais, promovendo a resiliência emocional e o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento saudáveis.
Em suma, o TAG é uma condição complexa que impacta significativamente a vida daqueles que a enfrentam. Compreender suas causas, sintomas e opções de tratamento é crucial para promover uma abordagem holística e eficaz na gestão desta condição desafiadora.
Para melhor entender as origens das patologias e dos transtornos mentais, leia o nosso artigo A ORIGEM DAS ENFERMIDADES E TRANSTORNOS MENTAIS.
Humberto Antunes Vieira – Psicanalista PC 06706 pela Associação Nacional de Psicanálise e Terapeuta Holístico CRT 0710 pela Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.
